“Naquele mesmo dia, dois deles estavam de caminho para aldeia chamada Emaús, distante de Jerusalém sessenta estádios”. Lucas 24:13
Dois homens em um caminho. Um tempo distante, um lugar remoto. Ao mesmo tempo, mais que dois homens - uma humanidade, mais que um lugar distante - algo muito perto de nós mesmos. Dois homens no caminho. Estar no caminho, desafio para as comunidades do primeiro século. Contudo, esse é o anti-caminho, é o caminho da desesperança, o caminho da dor, o caminho da derrota, o caminho da desistência: "esperávamos que..."! Já não esperam mais, esperança que se tornou derrota.
Nessa situação Cristo se manifesta no caminho aos dois. Contudo os olhos estão turbados. A desesperança é cortina que obscurece a visão. No evangelho de Lucas Jerusalém é lugar de aparecimento do Messias. Sair de Jerusalém, nesse caso, é "jogar a toalha", é desistir da esperança. Cristo no caminho - extremamente próximo. Ele é o próximo. Caminha com eles e eles não o conhecem. As palavras deles não se espalham, pois eles "trocavam palavras entre si". Na língua original eles antijogavam, antiespalhavam as palavras! Sem esperança a Palavra não se espalha.
Cristo infinitamente próximo - Cristo o próximo. Contudo, em um mundo marcado pelo preconceito e pela separação Cristo está extremamente longe - Cristo o outro. No outro não há verdade, só ignorância: "somente Tu não sabes?". Qualquer concepção fracassada, desde que parta do "eu" é maior verdade que a fala do outro.
O preconceito não possibilita enxergar a verdade do outro. É o fim da esperança.
GUIA DEVOCIONAL - 2011 COM DEUS
"Fides quaerens intellectum"
(Porque creio, busco entender!)
Pr. Carlos Henrique
Igreja Metodista em Timóteo
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