“Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão”. Salmos 32:4
Em 1938, Graciliano Ramos, um dos maiores romancistas da literatura brasileira, escreveu a obra intitulada “Vidas Secas”. O romance descreve, de modo pictórico e íntimo, a dura realidade de uma família sob o impacto da seca no sertão. Os personagens, Fabiano, Sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo, e a cachorra baleia, enfrentam o prenúncio da estiagem e a dura realidade da sequidão mortal do ambiente para a vegetação, para os animais, e pior ainda, para as pessoas. É o triste quadro da luta inicial contra a seca e a fuga dela no fim das contas. O autor retrata, com muita propriedade, a seca exterior que circunda a família de Fabiano, e outra seca, ainda mais grave, a seca interior de suas vidas.
Ainda que o contexto de vida das pessoas seja diferente nas suas origens e realidades, o que se constata, no dia a dia, é uma seca interior gravíssima, que não pode ser extinta por meios e recursos humanos – a seca espiritual de nossa alma. Bilhões de pessoas têm tentado lutar contra a seca espiritual, através dos mais variados meios (religiosidade enganosa, liberação sexual, busca desenfreada do prazer, ocupação idólatra com o trabalho, ou mesmo com a família, etc.), as quais, sem sucesso, enveredam por um processo de fuga desta sequidão interior, através das drogas, álcool e “remédios”, do carnaval e outras orgias, ou da busca de uma espiritualidade vazia que não sacia a sede de um relacionamento pacífico e eterno com Deus.
O Senhor Jesus Cristo identifica esta sequidão espiritual em todo Ser Humano e, pela Sua Palavra, desafia os sedentos a serem definitivamente saciados nEle: “Jesus respondeu: ‘Quem beber desta água terá sede outra vez, mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Ao contrário, a água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna’.”; “Então Jesus declarou: ‘Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede’.”;
Somente aqueles que admitem a seca espiritual de suas vidas alheias à vida de Deus, e se dirigem, pela fé, ao Cristo vivo, ressuscitado dos mortos, reconhecendo que não podem cancelar, por si mesmos, a culpa de seus pecados, mas crendo, sinceramente, que o sacrifício de Jesus na Cruz do calvário é suficientemente aceitável, diante de Deus, para perdoá-los completamente, experimentam vida plena. O próprio Jesus, vitorioso em glória, convida você, querido leitor, a sair dessa seca, ao dizer: “...A quem tiver sede, darei de beber gratuitamente da fonte da água da vida. O vencedor herdará tudo isto, e eu serei seu Deus e ele será o meu filho.
GUIA DEVOCIONAL - 2011 COM DEUS
“Fides quaerens intellectum.”
(Porque creio, busco entender!)
Pr. Carlos Henrique
Igreja Metodista de Timóteo
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