“Bem-aventurado o homem cuja força está em ti em cujo coração se encontram os caminhos aplanados”. Salmo 84:5
O Salmo 84 é conhecido por falar da beleza e do valor do templo; de como o povo de Deus tinha prazer de estar na presença do Senhor, nos átrios do Senhor. Agora, o que pouca gente percebe é que no caminho deste “templo”, dessa comunhão com Deus, há lugares perigosos, pouco aprazíveis para se passar e vencer, há situações difíceis a serem superadas, há um grande trabalho a ser empreendido. Antes de provar a beleza e o prazer “do templo”, há de se ter a capacidade de transformar os piores lugares em lugares aprazíveis.
“Baca” (v.6) que lugar é esse? Possivelmente 3 significados:
Depósito de lixo. Baca era um lugar fora dos muros de Jerusalém onde se jogava lixo. Como um típico depósito de lixo, os odores ali não deviam ser aprazíveis. O cheiro ofensivo de toda a sorte de matérias em decomposição, animais mortos, tornava o lugar terrivelmente nauseante e desagradável para quem tinha que passar ali por perto.
Vale árido (de acordo com outra versão). E, de fato, Baca era um lugar árido. Como um lugar de sujeira, de imundícia, no qual não poderia haver qualquer tipo de vegetação útil, de fruto, de vida.
Lugar de lágrimas (“vale de lágrimas” de acordo ainda com outras versões). Isso porque Baca era também o nome de uma árvore balsâmica que destila cristalizações semelhante a lágrima (como aquelas “árvores que choram”). Então esse nome, Baca, tem significação de choro, sofrimento.
A idéia que o salmista expressa quando fala de um homem andando pelo vale de Baca é de alguém estando num lugar terrivelmente desagradável (como um depósito de lixo); um lugar sem vida, sem alegria, de completa aridez, um lugar de lagrimas e sofrimento.
Não é esse lugar um retrato do nosso mundo atual e da vida e da experiência de muitas pessoas? Não é um exagero dizer que esse mundo é um “vale árido”, um “vale de lágrimas”, um verdadeiro “depósito de lixo” armazena a podridão de uma geração sem Deus, dada a auto-destruição.Um mundo estúpido de dor, miséria, pobreza, sofrimento e morte!
Eu não tenho dúvida em afirmar que o mundo em que nós vivemos é um amplo e universal “Vale de Baca”. Ora, nós não podemos viver sem passar por este mundo, sem colocar os nossos pés nesse vale árido, nesse depósito de lixo...Mesmo os mais piedosos e santos não estão isentos de passar, ainda que momentaneamente, por esse vale de lágrimas. Mas a questão central e importante é que o texto fala de um tipo de pessoa, um tipo de homem especial de cuja força não vem dele mas de Deus e diz que esse homem não vai permanecer nesse vale. Ele pode até passar por ele, mas terá o poder de transforma-lo!
Essa é a grande diferença! Muitos ao passar pelo vale de Baca, não têm saído mais dele. Os que não vivem um determinado estilo de vida que o texto fala, são incapazes ou insuficientes para mudar a situação. Não apenas para lugares externos, geográficos, mas principalmente para setores da nossa alma, e para os vales negros da nossa existência.
O texto fala que é possível uma transformação radical. É possível transformar os nossos vales de lágrimas, de sofrimento, de aridez pessoal, emocional, espiritual, relacional, profissional. Sim, o texto diz que não é preciso nos afogar nesse vale, é possível transformá-lo, é possível fazer dele “um lugar de fontes”.
Se você está passando por alguma situação que se enquadre no conceito de “Baca”, atente para as 4 lições que este texto nos ensina:
GUIA DEVOCIONAL - 2011 COM DEUS
“Fides quaerens intellectum.”
(Porque creio, busco entender!)
Pr. Carlos Henrique
Igreja Metodista de Timóteo
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