“Vinde a mim, todos os que andais em sofrimento e vos achais sobrecarregados, e Eu vos aliviarei.”. Mateus 11:28
Quem nunca teve um dia de estresse no trabalho? Quando este tema vira rotina e os sintomas se tornam crônicos é preciso ficar em alerta. Quando o assunto é o estresse em clérigos(as) é mais grave ainda porque estes se sentem responsáveis por uma gama de atividades e funções. Quando não dá para desempenhar todas as funções, automaticamente surge a cobrança pessoal. Se o trabalho se transforma em um tormento, você pode estar sofrendo a Síndrome de Burnout, um distúrbio psíquico causado por esgotamento físico e mental intenso associado ao trabalho. Isso sugere que quem tem esse tipo de estresse sente-se consumido física e emocionalmente, e começa a apresentar comportamento agressivo e irritado.
A matéria que você está lendo se refere ao estresse na vida dos clérigos(as). Para tal, a redação do Expositor procurou o psicólogo e pastor, Cesar Roberto Pinheiro que fez seu mestrado na PUC – Campinas. O pastor Cesar entrevistou 74 pastores(as) da 3ª Região Eclesiástica para chegar aos dados precisos do nível de estresse em clérigos(as) metodistas. O resultado do nível de estresse das pessoas pesquisadas foi maior, percentualmente, que o nível da população de São Paulo, ou seja, 50 por cento para os pastores(as) e 35 por cento para São Paulo. Isso é preocupante! Também procuramos o pastor e psicólogo, Josias Pereira, que tem uma ampla experiência em psicologia clínica e pastoral e, por fim, o ex-professor titular da faculdade de teologia e pastor aposentado, Rev. Ronaldo Sathler Rosa, por agregar uma larga experiência na área do cuidado pastoral.
Na pesquisa realizada pelo pastor Cesar, ele identifica que os pastores em geral têm uma grande dificuldade para lidar com esse tipo de tensão, pois o trabalho pastoral “constituiui-se em um dos mais polêmicos da sociedade, exigindo um conjunto de qualidades e responsabilidades às vezes, muito acima do que é exigido em outras profissões como, por exemplo: integridade ética e moral; equilíbrio emocional em todos os momentos; conduta exemplar; conhecimento em diversas áreas (musical, administrativa, legal, relacional); dedicação exclusiva; proximidade relacional (costuma-se dizer no meio eclesial metodista que ‘o pastor/a precisa ser um amigo/a’); saúde física plena (‘o/a pastor/a não pode ficar doente’); e senso de empatia”.
O serviço pastoral, então, gera estresse? Ao citar alguns pesquisadores da área do estresse ocupacional, Cesar Pinheiro, afirma que “qualquer tipo de trabalho possui agentes potencialmente estressores para o indivíduo”. Nesse sentido, “o trabalho pastoral também está sujeito ao estresse. Os dados obtidos indicam que 50 por cento da população pastoral metodista [dentre 74 clérigos(as) entrevistadas], tende a estressar-se no exercício do ministério. Este percentual obtido é sobremaneira elevado, considerando-se dados de pesquisas recentes sobre o tema. De acordo com o estudo realizado pela Dra. Marilda Lipp, do Laboratório de Estudos Psicofisiológicos de Stress, da PUC-Campinas, a média do nível de stress na cidade de São Paulo é de 35 por cento. Logo a presença de estresse na amostra pesquisada encontra-se significativamente acima da média da população geral de São Paulo, e isto é muito preocupante”. Vale ressaltar, também, a orientação do psicólogo Josias Pereira: “uma pessoa estressada afeta as outras com as quais convive dispersando o seu mal estar entre os demais, pois o relacionamento inter e intrapessoal é altamente afetado”, portanto, o estresse pode interferir no lar.
GUIA DEVOCIONAL - 2011 COM DEUS
“Fides quaerens intellectum.”
(Porque creio, busco entender!)
Pr. Carlos Henrique
Igreja Metodista de Timóteo
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