quinta-feira, 30 de junho de 2011

30º de Junho – Acalmando as tempestades do coração

“Por que sois assim tímidos? Como é que não tendes fé?”. Marcos 4:40

Jesus passara todo o dia ensinando à beira-mar sobre o Reino de Deus. Ao final da tarde, ele deu uma ordem para os discípulos para entrarem no barco e passarem para a outra margem, para a região de Gadara, onde havia um homem possesso. Enquanto atravessam o mar, Jesus cansado da faina, dormiu e uma tempestade terrível os surpreendeu, enchendo dágua o barco. Os discípulos apavorados clamaram a Jesus. Ele repreendeu o vento, o mar e os discípulos e aqueles homens apavorados com a fúria dos ventos ficaram maravilhados diante do seu milagre.

Falar sobre a tempestade no Mar da Galiléia.

Muito dos discípulos era pescadores, por que então medo? Um fenômeno ainda hoje respeitado pelos marinheiros do Mar da Galieia. Os ventos gelados do Monte Hermon (2.790m), coberto de neve durante todo o ano, algumas vezes, descem com fúria dessa região se misturam com ventos quente do deserto e sopram com violência, encurralados pelos montes, caindo sobre o lago, encrespando as ondas e provocando terríveis tempestades.

Ensinamentos clássicos deste texto:
  • Uma demonstração do poder de Deus sobre a natureza. O que é óbvio, pois, se Deus é Deus, Ele não está num concurso de bater o recorde de Deus.
  • Ou uma interpretação simbólica de como Ele acalma as circunstâncias da vida, o que é também verdade, mas não esgota o significado da ocorrência narrada no Evangelho.
As razões para acalmar as tempestades interiores (do coração):
1º - A promessa de Jesus “Passemos para outra margem” (v. 35). O destino deles não era o naufrágio, mas a outra margem. A Palavra de Jesus, as promessas de Jesus não podem ser frustradas. São planos são perfeitos. Pode passar o céu e a terra, mas as palavras do Senhor não passarão. Jesus não promete viagem calma e fácil, mas garante chegada certa e segura. Jesus não nos promete ausência de luta, mas vitória garantida. Jesus queria ensiná-los não somente na teoria (parábolas) mas na prática!

2º - A presença de Jesus (v. 36). É a presença de Jesus que nos livra do temor. A presença de Deus nas tempestades é nossa âncora e nosso porto seguro. Davi diz que ainda que andasse pelo vale da sombra da morte não temeria mal algum (Sl 23:4). Não porque o vale seria um caminho seguro. Não porque a circunstância era fácil de enfrentar, mas porque a presença de Deus era o seu amparo. A aparente apatia de Deus irrita, gera ansiedade quem está enfrentando uma tormenta interior. Ex. Mas não é possível que Deus não fará nada, Deus não está vendo.. (v. 38) Os discípulos já haviam esquecidos das parábolas, dos milagres... você já esqueceu do sermão, de outras experiências, e o seu coração começa a duvidar!

3º - A paz de Jesus (v. 38). Aquela tempestade estava na agenda de Jesus; ela fazia parte do currículo de treinamento dos discípulos. Note que ele despede da multidão, pois ele tinha algo em particular para ensinar aos seus discípulos! Mas, se Jesus sabia da tempestade, por que dormiu. Ele dormiu por duas razões: dormiu porque descansava totalmente na providência do Pai; dormiu porque sabia a tempestade seria pedagógica na vida dos seus discípulos. O fato de Jesus estar descansando na tempestade já deveria ter acalmado e encorajado os discípulos.

4º - O poder de Jesus (v. 39). Jesus usa a tempestade não para dizer-nos o que Ele pode, mas o que não deveríamos deixar acontecer conosco na hora da tormenta. É por isto que Jesus se volta não para a reflexão do poder de Deus “fora”, mas do poder de Deus “dentro” de nós (41).  Assim, Ele nos chama para que olhemos para o nosso próprio coração e para os nossos temores, fobias e medos. A conclusão é simples: Jesus não está nos mostrando como Deus é poderosos sobre a natureza que nos circunda. Acalmar ondas é fácil. O difícil é acalmar coração. As ondas são submissas. O coração é rebelde. As ondas não oferecem resistência ao Criador. O coração, sim, é resistente.  "Quem é este que os ventos e as ondas repreende e a Ele obedecem?" não deveria fazer-nos ficar impressionados com o que Deus pode "fora", mas com o que Ele pode realizar dentro, onde a maior façanhas e fazer-nos não ser tímidos e nem sem fé.

Nenhum de nós irá ver ou presenciar aquela cena extraordinária. Mas você nesta noite é desafiado a ter uma atitude mais corajosa que os discípulos: Não ficar impressionado com que deus pode fazer fora de nós, mas o que ele quer fazer dentro de nós!

“Quem é este que acalma o meu coração, as minhas inquietações, os meus sentimentos”.

GUIA DEVOCIONAL - 2011 COM DEUS

“Fides quaerens intellectum.”
(Porque creio, busco entender!)


Pr. Carlos Henrique
Igreja Metodista de Timóteo

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