“Então, Pedro, saindo, chorou amargamente.”. Lucas 22:62
1º - Segue de longe (v. 54). Ali está um covarde, com medo de “dar as caras”, assumir seu compromisso com Cristo, ir com ele até o fim, até a morte, honrando a sua própria palavra. Mas esse “seguir de longe” não acontece por acaso, tudo começou com o desanimo, com o descaso com a oração. Muitos seguem Cristo a distância, sem contato com ele, sem intimidade com ele, sem poder tocá-lo como aquela mulher do fluxo de sangue lhe tocou (e essas pessoas não podem ser abençoadas). Ser abençoado por Jesus implica em tocá-lo, segui-lo de perto. “Segue de longe”quem não tem prazer na oração, na leitura da palavra, está seguindo de longe quem não se congrega, quem só aparece de vez em quando. Naquele dia a atitude de Pedro negava a essência do seu próprio chamado. Quando Jesus chamou os seus discípulos, ele os designou para “estar com ele” (Marcos 3:13-14). Ser discípulo implicava em estar perto, mas Pedro o segue de longe! Meu amigo se você está seguindo a Jesus de longe - cuidado! Esse é o primeiro passo para se cair!
2º - Senta-se na “roda dos escarnecedores” (v. 55). Pedro, como bom judeu que celebrava no templo e na sinagoga lendo os profetas e cantando os cânticos do saltério - os salmos - conhecia bem o Salmo 1º : “Bem aventurado o homem... nem se assenta na roda dos escarnecedores...”. Mas ali está ele, “trocando de time”, assentando com escarnecedores, juntando-se com ímpios, tomando lugar com os curiosos! Assim também acontece com muitos crentes, dão um passo a mais nessa triste trajetória quando se unem aqueles que desonram a causa de Cristo. O cristão que acha normal estar em certos lugares, com certas pessoas, fazendo determinadas coisas (e não é preciso ser específico em nenhuma dessas questões) está se desviando, se afastando de Deus. (Mas).
3º - Não pode fugir do estigma, da marca de Cristo (v. 56,58,59). Aqui começa a surgir outro problema. Quem é de Cristo está marcado, tem um estigma, uma marca que não dá prá esconder. As próprias pessoas “do mundo” o cobram é um incômodo, uma tortura...: “Ah, você não é crente, como é que está aqui? Você é um deles, não é? Sua forma de falar o denuncia. “Você não é membro daquela igreja...?”
4º - Cede à tentação e começa a negar ao Senhor (v. 57, 58, 60). Ele é terrivelmente tentado por aquele que o quer destruir e roubar de Cristo e na maioria das vezes ele cede às pressões e nega a sua fé, a sua origem, a sua vida cristã, a sua família cristã, nega ao seu próprio salvador! Que coisa triste!
5º - É alvo do olhar profundo e constrangedor do Senhor Jesus (v. 61). É nesse momento que surge a experiência mais confrontadora dessa triste peregrinação, de quem se afasta do Senhor, de quem se desvia. A maior tortura mental é para esta pessoa, esteja ela onde estiver, lembrar-se que “os olhos do Senhor estão sobre toda a terra...”. Por um momento Pedro gostaria de saber que Jesus não estava olhando para ele, que podia se desviar desse olhar, mas ele conhece o Salmo 139: “para onde fugirei...?”. O que é mais constrangedor é que aquele olhar de Cristo, de forma alguma deve ter sido um olhar de cobrança, de condenação - mas um olhar amoroso e perdoador, que deveria quebrantar ao mais duro pecador!
6º - Lembra-se da Palavra de Jesus (v. 61). Conceitos, valores aprendidos lhe vêm à mente. Porções inteiras da Palavra invadem a mente, às vezes, como uma sentença num tribunal público, outras vezes como uma voz chorosa de um pai sentido e saudoso pelo filho. Lembra-se do que ouviu dos conselhos dos pais, do sermão do pastor, do conselho dos irmãos.
7º - Chora amargamente (v. 62). Aí, é o fim da estrada, o fundo do poço. Ali só lhe resta lamentar, chorar.
Há uma solução? SIM! Este foi o fim e Pedro? NÃO! A partir de amanhã veremos a restauração de Pedro. O grande retorno aos projetos de Deus. Um excelente dia!
GUIA DEVOCIONAL - 2011 COM DEUS
“Fides quaerens intellectum.”
(Porque creio, busco entender!)
Pr. Carlos Henrique
Igreja Metodista de Timóteo
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