sábado, 2 de abril de 2011

2º de Abril - Procura-se um “Bom Pastor”!

“Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo”. Lucas 15:5

No Antigo Testamento a figura do Pastor está ligada basicamente a dois momentos. O primeiro momento é que o povo de Israel tinha no cultivo do rebanho de ovelhas (principal animal do sistema de sacrifício) sua principal riqueza. O pastor neste caso, era a principal pessoa encarregada de cuidar das ovelhas. No segundo momento, os povos da Mesopotâmia designavam seus chefes e reis de pastor. O Rei era entronizado como pastor, pois tinha o dever de reunir e proteger o povo, cuidando dos bens terrestres guardando a justiça.

No Novo Testamento, vemos a pessoa e a prática de Jesus como modelo por excelência do ministério do/a pastor/a. Na tradição cristã o termo pastor se apresentava sob a forma do processo de aprendizagem visando um melhor conhecimento das doutrinas eclesiásticas. Hoje, na pós-modernidade o termo pastor/a é entendido sob quatro pilares essenciais: Construção de uma comunidade cristã; Criação da saúde relacional; A cura integral do corpo e o último Nutrir e sustentar a fé.

Na parábola da Ovelha Perdida (Lc 15. 4-7) vemos um dos mais belos exemplos de um bom pastorado. Ao sentar a mesa com os “pecadores” (Lc. 15. 2) Jesus estabelece um diálogo demonstrando, com amor, a graça de Deus que sai a procura do/a perdido/a. Na mensagem do texto podemos extrair quatro fundamentais lições que Jesus demonstrou através da parábola:

1° lição – um/a pastor/a que conhece todo o rebanho: o pastor conhecia o seu rebanho como um todo. Jesus conhecia e procurava estar com as pessoas que discipulava. O pastorado em Jesus não tem uma dimensão individualista mas uma dimensão coletiva, comunitária. Não se limita apenas a uma pessoa, a um carisma, a um só ministério. Sua responsabilidade é de guiar, de conduzir, de abrir caminho e  de acompanhar todas pessoas em sua marcha para o Reino de Deus.

2° lição – um/a pastor/a que reconhece que cada um/a tem seu valor próprio: na tentativa do pastor ir em busca da ovelha perdida, revela-nos um tratamento individual com cada uma. Jesus valoriza  as crianças colocando-as como modelo do Reino de Deus; com as mulheres, ele as chama para o discipulado; com os doentes Jesus centraliza sua atenção e cuidado, recuperando-as para o convívio social. Jesus ensina-nos que cada pessoa é insubstituível, que cada um/a é muito especial para Deus.

3° lição – um/a pastor/a que cuida de seu rebanho: quando o pastor achou a ovelha perdida, ele a colocou nos ombros com alegria, e voltou para casa. Aprendemos com esse gesto de Jesus, que as ovelhas podem se perder, podem machucar, mas o pastor sempre tem o compromisso de curar, de aliviar a dor, de proporcionar caminhos que ajudam a solucionar problemas ou crises pessoais ou coletivas.

4° lição – um/a pastor/a que demonstra empatia para seu rebanho: o pastor comemorou a volta da ovelha perdida. Ele se sentiu triste quando a perdeu, e se sentiu feliz ao encontrá-la. O pastor reuniu seus amigos e vizinhos para celebrar o reencontro da ovelha perdida. Com esta atitude, Jesus nos ensina que um bom pastorado tem a capacidade de penetrar no mundo da “ovelha”, sentir o mundo da “ovelha” como se fosse o seu próprio. Um/a bom/a pastor/a se alegra, chora, se envolve, é capaz de sentir a dor e o sofrimento do seu rebanho.

Jesus proclamou seu ministério afirmando ser o “Bom Pastor” (Jo 10.1-8). Percebemos que Jesus não quis ser sacerdote, não quis ser escriba, nem doutor ou letrado. Não quis ser rei, governante, pois rejeitou esse tipo de poder. Jesus, ao contrário, rejeitava o uso da força. Recusou a proposta de ser um revolucionário político, para ser profeta e mestre, sendo assim um instrumento de salvação para todo/a aquele/a que confessar Seu nome.

GUIA DEVOCIONAL - 2011 COM DEUS

“Fides quaerens intellectum.” 
(Porque creio, busco entender!) 
  
  
Pr. Carlos Henrique
Igreja Metodista de Timóteo

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