“Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis”. 1º Pedro 4:13
Esta carta de Pedro foi escrita na segunda metade do 1º século, provavelmente no ano 63 AD, quando as perseguições aos cristãos eram coisa comum. Segundo historiadores estas perseguições começaram com o martírio de Tiago, irmão de Jesus (62 AD cf. Flávio Josefo), o que tornou inevitável a separação entre o cristianismo e o judaísmo. A partir daí os cristãos começaram a ser cassados e o cristianismo a ser considerado ilegal.
O historiador grego Tácito diz que em Roma, no ano 64 AD “crescia a indisposição contra os cristãos”. Não foi à toa que Nero encontrou apoio para suas acusações contra os cristãos! Assim estão os que recebem a carta de Pedro: rejeitados pelos judeus (do judaísmo), perseguidos pelos romanos, dispersos, empurrados, encurralados, perseguidos!
Olhando agora para a nossa realidade, percebemos que na medida que o tempo passa e o fim se aproxima, a “dispersão” aumenta, não há lugar para acomodações entre o povo da luz e os que vivem em trevas, o estilo de vida de um cristão verdadeiro e autêntico se distancia cada vez mais da filosofia e do curso deste mundo e isso gera conflito, mal estar, as vezes guerra declarada, e por tudo isso, os cristãos ainda sofrem!
Participar das aflições de Cristo? Qual de nós pode negar isto? Ao contrário do que certas teologia ensinam (prosperidade / sucesso absoluto / confissão positiva) - o crente não sofre só quando está em pecado, pelo contrário, as vezes, quanto mais santo, mais sofrimento. Quanto mais direito mais na contra-mão do sistema mundano; quanto mais se esforça, mais nada “contra-a-maré”!
- A pessoa é demitida porque não quis mentir – participando do sofrimento de Cristo!
- O empresário não lucra como os demais porque não suborna e sonega – participando do sofrimento de Cristo!
- Perde algumas amizades por tornar-se cristã – participando do sofrimento de Cristo!
- Recebe as pressões, gozações e até oposição da família por ter aceito a Cristo– participando do sofrimento de Cristo!
O texto fala de 2 tipos de sofrimentos: Um sofrimento vergonhoso e desnecessário e um sofrimento santo e necessário.
1º - Um sofrimento vergonhoso e desnecessário (v. 15). É o sofrimento do pecado, o que advém dos resultados inescapáveis do pecado. É lei de ação e reação, de semeadura e colheita. Obviamente que quem sofrer por sua própria maldade ou loucura não terá as consolações do Espírito.
2º - Um sofrimento santo e necessário (v. 12). Esse sofrimento faz parte de um processo de identificação com Cristo. Não podemos querer ser participantes só das bênçãos que Cristo dá. Esse sofrimento não tem a intenção de nos envergonhar, mas sim de nos aperfeiçoar (v. 16). Esse sofrimento tem sua recompensa (13). Os dias mais áureos da Igreja estão relacionados ao sofrimento, à perseguição. A decisão fundamental: negar ao Senhor e ao evangelho ou sofrer! Que soframos como Cristãos!
GUIA DEVOCIONAL - 2011 COM DEUS
“Fides quaerens intellectum.”
(Porque creio, busco entender!)
Pr. Carlos Henrique
Igreja Metodista de Timóteo
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