terça-feira, 26 de abril de 2011

26º de Abril – O pai bondoso!

“E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou”. Lucas 15:20

Lucas 15 11-32 narra a saga de uma família só de homens: o filho mais moço, o filho mais velho e o pai. Estas três personagens da parábola de Jesus nos propõem três modelos, ou três projetos de vida.

O primeiro, chamaremos de Projeto da Desgraça, e é o do filho mais moço. A principal característica do estilo devida escolhido por esta personagem da parábola é o individualismo. Sua reivindicação é: “dá-me o que me cabe”. Por estar preocupado somente consigo mesmo, suas atitudes levam a grandes rupturas: primeiramente com a herança e o convívio familiar  – ele pegou o que era “seu” e “partiu”; Depois com a sua cultura e tradição religiosa – o filho mais moço foi “para uma terra distante”; finalmente rompe com sua vocação profissional – de patrão passa a ser empregado. Chamamos este de “projeto da desgraça” por causa de suas conseqüências. Tal projeto leva à falência. Primeiramente à falência moral – o jovem passa a viver dissolutamente. Em segundo lugar leva à falência econômica – seu consumismo o fez desperdiçar tudo o que tinha. Em terceiro, o levou à falência física – “eu aqui morro de fome”. E, finalmente, conduz à falência espiritual – “pequei contra o céu”. Isso para não falar na falência psicológica e social imposta pela humilhação e pela vergonha que este jovem teve de passar chegando a ponto de ter que disputar comida com os próprios porcos.

O segundo, chamaremos de Projeto Sem Graça e é o do filho mais velho. Sua principal característica é a intolerância. Sua atitude demonstra sua incapacidade afetiva, pois é incapaz de sentir saudade do irmão. Também mostra sua incapacidade lúdica, pois não se dispõe a participar da festa e nunca matou um cabrito para alegrar-se com seus amigos. Mostra ainda sua incapacidade teológica e espiritual, pois é incapaz de perdoar. Por isso dizemos que é um projeto de vida “sem graça”. A conseqüência de tal projeto é a alienação. O  filho mais velho não tem consciência de sua identidade, pois pensa que é um mero empregado do seu próprio pai. Não tem consciência de seus direitos, pois reivindica um cabrito, quando tem tudo. Também não tem consciência de seus deveres, pois reclama das obrigações, quando estas lhe são privilégios.

Se o primeiro projeto é o da desgraça, o segundo é o sem graça, o terceiro só pode ser o Projeto da Graça. Este é o projeto do pai. Sua principal característica é o amor e a gratuidade. Sua marca é a “contabilidade da graça” (R. Alves), pois não soma os débitos do filho mais moço, nem soma os créditos do filho mais velho. Sua atitude produz alegria e festa. O pai acolhe ao que volta de longe e dá atenção ao que está perto. A conseqüência do Projeto da Graça é uma relação amorosa com o Pai (a redescoberta da paternidade) e com o Irmão (a redescoberta da fraternidade).

GUIA DEVOCIONAL - 2011 COM DEUS

“Fides quaerens intellectum.”
(Porque creio, busco entender!)
 
 
Pr. Carlos Henrique
Igreja Metodista de Timóteo

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