“Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos”. Lucas 16:31
No texto (Lucas 16:19-31), um episódio que vai de um extremo ao outro: 2 realidades, 2 lados da moeda, 2 destinos finais e eternos. Talvez a devocional de hoje desagrade a alguns, porque eu me proponho a falar mais de uma outra realidade. Um tema tremendamente in-popular, que não dá "ibope". As pessoas não gostam de ouvir e nem de falar.
Hoje é mais fácil falar sobre “Graça Barata” descompromissada com a mensagem da cruz. Percebo que muitos pregadores vão até o juízo, julgamento final, mas para por aí, mas sobre a doutrina do castigo eterno, poucos falam. Estou consciente de que vou falar uma mensagem até perigosa, corro riscos, o tema é complexo e controvertido, mas é preciso que se fale.
Se a bíblia se refere ao céu como um lugar especial, perfeito, lindo, onde não há morte, maldições, dor ou lágrimas; se refere também ao inferno com termos como: fogo eterno (Mt 25:41), chamas eternas e fogo devorador (Is.33:14), lago de fogo (Ap.20:15), 2ª morte (Ap.20:14), trevas exteriores (Mt.22:13), reino dos mortos e abismo (Is.41:15).
Com detalhes diferentes de tudo o que a bíblia noutros lugares fala, com nuances quase teatrais, essas duas realidades estão presentes nesse texto (Rico e Mendigo). Podemos absorver algumas lições desse inusitado texto:
1º - A Realidade universal da morte (v. 22). Nesse aspecto há uma absoluta semelhança, identificação entre todos os seres humanos, todos caminham para o fim. Depois do fim (terreno) é que vem o começo (eterno), e esse começo (a forma que vai ser feita a passagem) é que determina o futuro eterno.
2º - A indesculpabilidade dos que se perdem. Primeiro, dos que tiveram a oportunidade de se salvarem, mas não aproveitaram. Segundo, a indecisão dos que hoje, no tempo presente, têm a oportunidade da salvação, mas a rejeitam (v. 29).
3º - O sofrimentos da separação de Deus será aumentado na medida que a consciência de que existe mesmo uma comunhão eterna for ativada (v. 23-24). Acabei de lhes falar de uma vã oração no inferno, agora surge "uma visão do céu, de dentro do inferno". Já pensou no que é isso que o texto está falando? - isso é - sofrimento consciente - O interessante é que Lázaro, não vê nada. Muitos me perguntam se lembrarão das coisas ruins da terra no céu, eis a resposta do livro de apocalipse: "não haverá lembranças das coisas passadas” mas para os outros (não salvos) - a experiência do rico responde.
4º - A agonia do inferno é tão grande que por si mesma tornaria qualquer condenado um evangelista convicto (v. 27-28). Embora aqui, não um evangelista propriamente dito, mas um grande investidor em "missões e evangelização". É outra coisa interessante, um investimento missionário de dentro do inferno (...manda Lázaro avisar aos meus...). Ah, queridos/as, se os mortos falassem, qual seria o testemunho, particularmente daqueles que se perderam?
5º - A impossibilidade da mudança desse estado final (v. 26). A doutrina do purgatório é um absurdo! A doutrina das reencarnações e dos contatos mediúnicos são ilusões satânicas!
Um rico vive aparentemente o céu na terra (regaladamente) e vai minguar no inferno, um pobre vive um aparente inferno na terra e vai descansar no seio de Abraão, Por que? O rico tinha riqueza mas era um pobre pecador (poderia ser qualquer um), o mendigo era pobre mas era um salvo enriquecido (poderia ser qualquer um), qual o segredo? A fé em Deus, em Cristo Jesus , nos livra do inferno.
Eu poderia até mesmo dar um título diferente a esta mensagem: "o grande abismo", poderia chamá-la de "Os milagres do inferno". O inferno pode operar "milagres", fazer um pecador rebelde orar, ter visões e investir em missões, tudo isso, porém, tarde demais.
Por isso, se você tiver de escolher hoje uma recompensa para aqui e agora, para esta terra ou para a Glória, um galardão eterno, escolha o céu. Essa mensagem não é para colocar medo em ninguém, pelo contrário, a Bíblia diz que Jesus quando morreu, antes de ressuscitar ele foi ao inferno e tomou as suas chaves. Ele é o Senhor, só ele tem poder e não quer lançar ninguém ali. O nosso grande desafio hoje é fazer com que o último verso desse texto não seja uma verdade em nossa vida. Arrependa-se dos seus pecados, dê a vida a Jesus e reconheça-o como Senhor e Salvador e escaparás do inferno e alcançarás o céu.
GUIA DEVOCIONAL - 2011 COM DEUS
“Fides quaerens intellectum.”
(Porque creio, busco entender!)
Pr. Carlos Henrique
Igreja Metodista de Timóteo
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