sexta-feira, 8 de abril de 2011

8º de Abril - A ruína e o socorro

“A tua ruína, ó Israel, vem de ti, e só de mim, o teu socorro”. Oséias 13:9

Eu não tive ainda a oportunidade de visitar, mas já pude ver por fotos e pela TV, as ruínas de algumas civilizações antigas. Nada há de mais triste do que as ruínas de uma cidade destruída. Pensar que ali, no passado, houve um grande império, uma grande civilização e agora ruínas, é muito triste. E o mais interessante é pensar que, só existem ruínas, onde um dia existiu algo sólido, bem arquitetado, às vezes glorioso.

Ruína nos faz lembrar 2 realidades: um passado glorioso, dias bons e um presente entulhado, cheio de restolhos, e o texto de hoje fala dessa realidade. O contexto é para Israel, mas podemos sim nos incluir nesta mensagem. Mas pode Israel estar em ruínas? Pode um crente viver em tão triste situação? Pode alguém estar vivendo esta realidade? Depois da tragédia que aconteceu na Escola em Realengo-RJ, qual a palavra de Deus para nós esta manhã?

Essa é uma palavra profética duríssima do profeta Oséias, de esclarecimento, exortação e advertência ao povo de Israel, particularmente à Tribo de Efraim. Os v.1-2 mostram que essa tribo teve grande influência política e comercial, mas só enquanto viveu dentro da Lei de Deus. Mas quando se tornou culpada no “tocante à Baal” usando a expressão do texto, ou seja, quando se corrompeu com o paganismo canaanita e a adoração a Baal a ponto dos homens beijarem seus ídolos (bezerros) e se esquecerem do Senhor (v.6), Deus lhes permitiu entrar num terrível processo de queda.

Para entender a mensagem de Deus para nós hoje é preciso refletir em 3 coisas que o texto põe diante de nós:
1º - O que é ruína? Ora, ruína fala de algo destruído, falido, perdido, empobrecido, derrocado, abalado. E por mais triste e difícil que seja admitir isso, reconhecer isso, não é essa a realidade de muitas pessoas? Tanta frieza, tanta riqueza material, tanta indiferença, mas tantos lares destruídos espiritualmente, tantos casamentos falidos, tanta gente sem conhecimento de Deus?

2º - A responsabilidade sobre a ruína. (A ruína vem de ti...). Mas porque a derrota, o fracasso, a destruição? Porque sofrer sob a maldição? Essas são questões cruciais que muitas pessoas não entendem e onde mais questionam a Deus. Isso nos remete a questão essencial do “Livre-arbítrio”, é liberdade de escolha, liberdade de traçar nossos próprios caminhos e sermos responsáveis por eles. A bíblia é clara em demonstrar que  todas as vezes que Israel foi derrotado, superado, a responsabilidade foi de ISRAEL. Os seus pecados o levaram a isso, a essa situação. Deus não foi culpado! Nós culpamos a  Deus muitas vezes pelos nossos fracassos, responsabilizamo-lo muitas vezes pelas nossas dores e sofrimentos. Pecamos, erramos, escolhemos mal e não queremos arcar com as conseqüências. Pecamos e não queremos receber sobre nós a justa punição pelos nossos erros. Mas o homem é responsável pelo seu futuro. O homem constrói o seu futuro. O homem determina o que virá, o fim que terá. Através das suas opções e escolhas conscientes, o homem escreve as páginas do livro da sua vida, da sua história ele nomeia, indicia, o que ela representará: se ruína, tragédia, ou força, glória e vitória. Isso é a lei da ação e da reação, isso é a lei da semeadura e da colheita e está de acordo com a palavra do Senhor: “não vos enganeis... aquilo que o homem semear, isso também ceifará”. Não há como culpar a Deus, nem mesmo ao diabo com suas sutis tentações poderemos acusar “naquele dia”. Chegará o dia que, por mais difíceis que tenham  sido nossos dias, a nossa vida; por mais que argumentemos diante do Senhor acerca do nosso sofrimento - como se pudéssemos cobrar algo de Deus ou nos justificar diante dele - ouviremos em “tom” solene: “A tua ruína, ó Israel veio de ti...”. É duro dizer isso, mas o sofrimento, as dores, as ruínas de alguns, vem deles mesmos!

3º A solução para a ruína humana? (mas só de mim o teu socorro...). Deus não assume e não pode assumir, a responsabilidade pela ruína humana, mas propõe, e só ele poderia propor a solução para esta ruína. A solução é uma só (não há outra, não há várias) - “Só de mim”. Só dele vem o socorro. A ele, nesses momentos ou situações de ruína deve subir o nosso S.O.S. Ele é restaurador, resgatado, salvador, justificador, reconciliador. Ele é como o salmista disse: “...nosso refúgio e fortaleza... socorro bem presente...”.  Ele não se responsabiliza pela ruína, mas se responsabiliza pelo socorro! É como se dissesse: tudo que precisas, está em mim! Por isso, a este povo dos dias de Oséias Deus disse o seguinte: (Converte-te, ó Israel, ao SENHOR teu Deus; porque pelos teus pecados tens caído. Tomai convosco palavras, e convertei-vos ao SENHOR; dizei-lhe: Tira toda a iniqüidade, e aceita o que é bom; e ofereceremos como novilhos os sacrifícios dos nossos lábios. Não nos salvará a Assíria, não iremos montados em cavalos, e à obra das nossas mãos já não diremos mais: Tu és o nosso deus; porque por ti o órfão alcança misericórdia. Eu sararei a sua infidelidade, eu voluntariamente os amarei; porque a minha ira se apartou deles. Eu serei para Israel como o orvalho. Ele florescerá como o lírio e lançará as suas raízes como o Líbano) Oséias 14:1-5.

GUIA DEVOCIONAL - 2011 COM DEUS

“Fides quaerens intellectum.”
(Porque creio, busco entender!)
 
 
Pr. Carlos Henrique
Igreja Metodista de Timóteo


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