domingo, 1 de maio de 2011

1º de Maio – Vencendo o temor

“Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco...”. João 13:33

Entender o capítulo 14 de João é de fato começar no capítulo 13, pois o clima da narrativa tem lá suas bases: o lava-pés, o anuncio da morte de Jesus e da presença do traidor, a negação de Pedro criaram um ambiente de perplexidade entre os discípulos. Dá pra imaginar a reação deles ao ato de Jesus lavar os pés dos discípulos pela reação de Pedro (Jo 13. 6,7). Este diálogo ilustra como Jesus os confundiu: ele não assumiu o papel que a categorias sociais e judaicas lhe concediam. Ele era um rabi, e esta posição lhe concedia direitos, mas ele abre mão disso, inaugura um novo tipo de relacionamento: “Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13:15). Por isso, podemos dizer que o capítulo 13 é o forjador do ambiente que dá luz ao sermão de Jesus, iniciado com o ensino do amor como um novo mandamento, e continuado com as mensagens do capítulo 14 e os seguintes.

Os acontecimentos narrados no capítulo 13 de João criaram um clima de despedida entre Jesus e seus discípulos; a separação era inevitável. As palavras de Jesus foram claras: “Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco.” (Jo 13:33). Para os discípulos, isso era perturbador, haviam se acostumado a confiar em Jesus, quando as autoridades judaicas os ameaçavam. Ali estava para responder de modo a confundir e envergonhar tais autoridades, como fizera diante da mulher adúltera. Onde esperavam apedrejamento e sangue, Jesus mostrou paz e perdão. Jesus percebe um sentimento de desordem e perturbação na alma dos discípulos: o medo dera lugar a uma flagrante sensação de ameaças já existentes aumentariam, num contexto em que Jesus não estaria mais com eles.

Diante desse estado de alma dos discípulos, Jesus surpreende-os, dizendo: “Vocês não estão sozinhos nesta angustia de alma, eu os conheço, eu sinto o que vocês estão sentido”. Qual lição que Jesus está passando aos discípulos e a nós? Nossos sentimentos mais secretos, de tristeza, desapontamento ou mesmo de alegria, não passam despercebidos a Jesus; ele deseja participar da nossa intimidade, dar fim a nossa solidão e sensação de desamparo. Sim, Jesus importa-se conosco, dos sentimentos mais simples aos mais assustadores, Jesus quer participar e nos ajudar.

GUIA DEVOCIONAL - 2011 COM DEUS


“Fides quaerens intellectum.”
(Porque creio, busco entender!)


Pr. Carlos Henrique
Igreja Metodista de Timóteo

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