segunda-feira, 9 de maio de 2011

9º de Maio – Deus se mostra a nós

“Felipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?”. João 14:9

Crer em Jesus é entregar a ele o controle de nossa vida, sabendo que, verdadeiramente, ele é o caminho a, a verdade e a vida para nós. Que momentos houve em nossa vida e que sentimos a necessidade de ver um sinal ou milagre? De que maneira o milagre é necessário para nós hoje?

1º Replicou-lhe Felipe: Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta (Jo. 14:8). O pedido de Felipe expressa, de outra forma, a inquietação dos discípulos, já colocada na pergunta de Tomé. “mostra-nos o Pai...” é a continuação da pergunta: “...não sabemos para onde vais...”. Sim, não é somente a sensação de perda, ou a indecisão do rumo a seguir, a grande questão é o que virá depois. A morte era uma realidade diante de Jesus e dos próprios discípulos. E, na concepção judaica, ela era o fim de tudo (Sl. 6:5). A ressurreição não era um conceito aceito e generalizado na tradição do Antigo Testamento. Por isso a dúvida acerca do que viria, o futuro só podia ser garantido por uma aparição de Deus, conforme pede Felipe. Esse tipo de solicitação por Felipe aparece em outros contextos bíblicos:
  • Moisés, mesmo após ter visto a sarça arder e não se consumir, posiciona-se diante de Deus (Ex. 4:1);
  • Os judeus, no próprio Evangelho de João, acercam-se de Jesus, cobrando sinais sobrenaturais (Jo. 6:30)
Esta carência humana, de que o sobrenatural intervenha e nos alivie de nossos dramas, estava presente na pergunta de Felipe e continua na pergunta, na busca incessante do homem e da mulher de nossos dias. Há os que procuram no cosmo, alguns na ciência, outros nos espíritos, outros em satanás mesmo. Outros esperam, eles mesmos, com seu trabalho incessante, construir algo não conhecido, um verdadeiro milagre que interrompa sua vida rotineira. Há ainda uma grande pergunta na alma humana. Onde está Deus? Sim, onde estava Deus quando as torres caíram, quando houve o massacre dos judeus, quando meu filho se acidentou, quando o pai matou brutalmente sua filha? Enfim, na alma humana há uma sede de ver Deus.

Nesse sentido é que Jesus surpreende, pois, ao invés de aceitar “apertar o botão” do sobrenatural, ele convida Felipe e os discípulos para o dia-a-dia, para o cotidiano: como podemos sentir ou ver Deus sem a necessidade do sobrenatural a cada minuto? Somos convidados por Jesus, a vivermos pela fé. Sim, pois se tivéssemos um botão para acionar o sobrenatural a cada necessidade, não precisaríamos de fé, pois esta é andar dia a dia, não pelo que vemos (nosso desafios), mas pelo que não vemos (2º Co. 4:18).

É a fé que Jesus estimula os discípulos para crerem nele (Jô. 14: 9 e 10). Jesus apontava para o fato de que sua vida, as suas obras (sinais) eram a evidência de que Deus, o Pai, estava com ele e, por isso, podiam crer. Veja no que no evangelho de João os sinais (obras) realizados por Jesus são a pedagogia de Deus, para que creiam em Jesus como filho de Deus (Jô. 2:23; 3:18; 5:19-20).

GUIA DEVOCIONAL - 2011 COM DEUS


“Fides quaerens intellectum.”
(Porque creio, busco entender!)


Pr. Carlos Henrique
Igreja Metodista de Timóteo

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