segunda-feira, 16 de maio de 2011

16º de Maio - O parapeito dos nossos terraços familiares

“Quando edificares uma casa nova, far-lhe-ás, no terraço, um parapeito, para que nela não ponhas culpa de sangue, se alguém de algum modo cair dela”. Deuteronômio 22:8

Há alguns dias ouvi uma reportagem falando sobre o número de separações, desquites e divórcios que tem crescido vertiginosamente no nosso país, em relação ao número de casamentos. Em certas localidades (guetos) o número de separações tem sido mesmo ainda maior que o número de casamentos. Isso me fez pensar em quais seriam as causas desse triste dado estatístico.

Não é segredo para ninguém que há hoje como que, uma "conspiração" contra a família instaurada na mídia e nos meios de comunicação em geral, projetos como o da legalização civil da união entre homossexuais, da legalização do aborto e conceitos como o do "casamento livre", da "relação aberta" e do concubinato, acabam por enfraquecer as bases, outrora sólidas, da família. A sociedade "cristã", acaba por se tornar pagã se afastando dos conceitos cristãos tradicionais para a família.

Mas o que eu tenho questionado mesmo é como famílias tradicionais, cristãs, têm aceitado tais conceitos e se dobrado ao curso deste mundo. Como muitas famílias mostram-se tão frágeis diante destes ataques que visam minar o fundamento e a estrutura dos lares. Parece-me que as famílias estão muito expostas, susceptíveis às investidas da mente maligna que está por trás desse sistema, em outras palavras: a família está sem proteção. Falta proteção - algo que dê segurança à família em tempos difíceis como esse.

É muito interessante notar que em um texto como esse que lemos, que faz parte da Lei dada por Deus ao povo de Israel, um detalhe tão pequeno, mas tão importante, da segurança estrutural das casas que seriam construídas; fosse lembrada de forma tão clara na instrução divina. Pesquisando sobre este detalhe que faz parte da cultura e dos costumes dos povos bíblicos eu descobri que as casas orientais antigas tinham nos terraços um lugar aprazível, em virtude do calor causticante e que estes serviam para vários fins:

a) Como refúgio: Josué 2:6 mostra que foi num terraço como esse que Raab escondeu dois espias que estavam inspecionando a terra.
b) Como lugar de oração: como aquele em que Pedro, quando estava em Jope, teve uma visão maravilhosa da parte de Deus sobre o seu ministério - conf. At.10:9.
c) Como um lugar propício para comunicações especiais em alta voz, que o bairro todo ouviria - conf. Mt.10:27 e Lc.12:3

Ou seja, era um lugar muito útil, no qual as pessoas da casa estariam constantemente. É por isso que, pensando nisso, nos riscos que as pessoas correriam ali nesse terraço, geralmente lugares altos acima dos telhados  das casas, que Deus fala que eles deveriam ser bem protegidos. Deviam ter um parapeito, que era um gradeamento de madeira para proteger as pessoas da casa quando ali estivesse.

Era uma lei sábia, preventiva, uma lei de proteção à vida. E o texto chega mesmo a dizer que, se na construção da casa ele fosse omitido, o construtor daquela casa poderia ser culpado do sangue de alguém que porventura caísse dali. Ou seja o parapeito não podia ser omitido. A sua omissão seria culposa!

O mesmo Deus que ordenou parapeitos para proteger a vida das pessoas nas casas do antigo Israel, nos fornece medidas de proteção e segurança  para que nossos lares não sejam lugares perigosos, onde as pessoas caiam, onde a vida dê lugar à morte, para que eles não se exponham ao risco constante do desmoronamento moral, social e espiritual. A "casa" do cristão, que deve ser sempre nova e renovada, não pode omitir os elementos de segurança que a Bíblia nos aponta como "parapeitos" para nossos “terraços familiares".

GUIA DEVOCIONAL - 2011 COM DEUS

“Fides quaerens intellectum.”
(Porque creio, busco entender!)
 
 
Pr. Carlos Henrique
Igreja Metodista de Timóteo

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