domingo, 29 de maio de 2011

29º de Maio – A Igreja e questão do Homossexualismo (4)

“E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes...”. Romanos 1:28

3º - O que a Bíblia diz sobre a Homossexualidade?
Antes de tratarmos objetivamente da questão, devemos dizer que nós não temos condições de comentar todos os textos, mas, sim, os que consideramos conclusivos acerca deste tema.

Existe uma insistente troca de acusações de manipulação da Bíblia entre os apologistas da homossexualidade e os apologistas da heterossexualidade. Não tem como negar: os homossexuais e seus defensores têm cometido uma tremenda injustiça contra alguns personagens bíblicos. A relação das pessoas atingidas é cada vez maior. Eles mancham o nome e o caráter de alguns dos mais notáveis vultos da história Bíblia, ora com maliciosas sugestões ora com declarações absurdas.

Dizem que formam para homossexuais: José e Potifar, Rute e Noemi, Davi e Jonatas, e dizem irresponsavelmente que o espinho na carne de Paulo era a sua tendência homossexual. Ora, qualquer pessoa que conhece seriamente a Bíblia é obrigada a interpretar essas falsas insinuações como um feio artifício de defesa própria.

No entanto precisamos admitir que, às vezes, os cristãos em seu ardor de defender a heterossexualidade, estão sujeitos a cair na tentação de usar, sem conhecimento, a Bíblia. Na análise da destruição de Sodoma e Gomorra, a passagem esclarecedora de Ezequiel permaneceu oculta por muito tempo entre os evangélicos: “Este foi o pecado de sua irmã Sodoma: ela e suas filhas eram arrogantes, tinham fartura de comida e viviam despreocupadas; não ajudavam os pobres e os necessitados” (Ezequiel 16:49).

A luz dessa informação, o pecado de Sodoma e Gomorra não foi apenas de ordem sexual, mas também de ordem social. Aos homossexuais é preciso dizer a mesma coisa na ordem inversa: o pecado de Sodoma e Gomorra não foi apenas de ordem social, mas também de ordem sexual. Os homossexuais fazem uma tremenda resistência a um dos motivos da destruição de Sodoma e Gomorra.

Os homossexuais fazem uma tremenda resistência a um dos motivos da destruição de Sodoma e Gomorra. A própria escritora Stella Ferraz[3] foge do que está registrado e diz que o atentado dos homens de Sodoma “tem a ver com estupro coletivo, humilhação e a violência e não com a homossexualidade”. Mas a Bíblia é taxativa: a multidão de homens tresloucados, “dos mais jovens aos mais velhos”, cercou a casa de Ló e exigiu dele: “Onde estão os homens que vieram à sua casa esta noite? Traga-os para nós aqui fora para que tenhamos relações com eles” (Gn. 19:4-5). E também na epístola de Judas vai dizer que: “Sodoma e Gomorra e a s cidades em redor se entregaram à imoralidade e a relações sexuais antinaturais” (Jd. 7).

Não podemos misturar a “dura lex” (dura lei) com a “solo gratia” (somente a graça). Os homossexuais fazem questão de salientar a solo gratia: “ a Bíblia tem muito a dizer sobre a Graça de Deus, sua justiça e misericórdia” (Stella Ferraz). Alguns evangélicos fazem questão de salientar a dura lex: “todos os homossexuais serão jogados no inferno e serão atormentados dia e noite para todo o sempre”.

Ainda no Antigo Testamento (Leviticos 18:22), onde a instrução legal na forma de mandamento, é bem direta e não deixas dúvida: “Com o macho não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação”. Na seqüência, no capítulo 20:13 é dada a condenação á morte aos que praticarem o homossexualismo.

Os que tentam justificar a prática homossexual alegam que Davi e seu amigo Jônatas (filho de Saul) teriam algum relacionamento homossexual, visto terem feito uma aliança, e a Bíblia relata que quando Saul começou a perseguir Davi para matá-lo, Jônatas, seu filho, teve de separar-se de seu amigo. O texto diz que ambos choraram e ao se despedirem beijaram-se. Ora, será que não é possível um amor amigo e sincero entre homens ou entre mulheres? Ademais, o beijo, no judaísmo, entre homens, era demonstração de afeto tão somente, sem necessário apelo sexual (1ºSm 20.41). Em muitas culturas, inclusive hoje em dia (árabes, russos, indianos, etc.), o beijo é sinal de afeto, admiração e respeito entre pessoas do mesmo sexo.

Finalmente, no Novo Testamento, a linguagem não permite qualquer dúvida. Romanos 1:26-27 classifica o homossexualismo, entre os gregos e romanos, como “paixões infames”. Esse texto diz que são passiveis de morte os que tais coisas praticam (Rm. 1:2). Paulo não economiza palavras: o sexo entre mulher e mulher, entre homem e homem é chamado de  impureza sexual (Rm. 1:24), paixões vergonhosas (Rm. 1:26), atos indecentes (Rm. 1:27), depravação (Rm. 1:29), perversão (Rm 1:27) e depravação (Rm. 1:29). Na análise de Paulo, a humanidade cometeu 3 loucuras na história (Rm. 1:25-26): trocou o Deus imortal pelo homem mortal, trocou a verdade em mentira e trocou o parceiro sexual do outro do mesmo sexo.

Alguns alegam que Jesus nada disse sobre o homossexualismo. É verdade! Mas Jesus disse sobre a lei judaica, conforme apresenta Levíticos e tantos outros textos. Jesus disse: “Não pensei que vim revogar a lei ou profetas; não vim para revogar, vim para cumprir...”. Embora tenha mostrado misericórdia com os infratores, Jesus não aboliu nem abandonou essas normas. Ao contrário, enquanto a Lei enfatizava a concretização do adultério, Jesus pôs-se contra o adultério na sua fase embrionária, quando é praticado apenas na mente (Mt. 5:27). Jesus foi a primeira pessoa da história bíblia a usar a expressão “relações sexuais ilícitas” (Mt. 5:32; 19:9). Os apóstolos foram fiéis a teologia sexual do “princípio da criação” de Moisés, dos profetas e de Jesus.

Diante desses testemunhos, cabe ainda alguma defesa da prática homossexual a luz da Bíblia, quando os preceitos tão claros o condenam? O que falta é reconhecer na Igreja, mais e mais, a autoridade da Bíblia para a orientação moral da nossa vida. Reconhecemos, sim, que todos os conceitos cerimoniais e rituais, assim como sentenças (as penalidades) da Torá foram superadas pelo tempo da Graça no Novo Testamento, porém nenhum dos ensinos de moral perdeu sua validade.

A lei maior que define a fé e o comportamento daquele que se declara cristão não é o que todo mundo faz, não é o que a literatura secular diz, não é o que a televisão mostra, não é o que a sabedoria deste mundo ensina, não é o que falsos profetas dizem, não é o que a parada gay populariza, não é o que a pesquisa de opinião pública sugere, não é o que a consciência descomprometida permite. Ao se tornar cristão, o pecador se deixa orientar pelo conteúdo de um Livro, que ele entende ser a Palavra de Deus e merecedor de toda confiança. Para adotar uma conduta sexual solta, ele precisa jogar a Bíblia no lixo. Porque, ou a Bíblia me afasta do pecado ou o pecado me afasta da Bíblia.

[3] Stella C. Ferraz é autora dos romances lésbicos Preciso te ver, A Vilas das Meninas e Pássaro Rebelde, publicados pela ed. Brasiliense.

GUIA DEVOCIONAL - 2011 COM DEUS


“Fides quaerens intellectum.”
(Porque creio, busco entender!)


Pr. Carlos Henrique
Igreja Metodista de Timóteo

Nenhum comentário:

Postar um comentário